Prem Rawat:
Há um ditado sobre tradição. (Adoro. Gosto muito desse ditado.) É assim: “Tradição, o que é tradição? Tradição é a pressão dos colegas dos mortos.” Eles estão mortos, se foram! Mas a pressão ainda está lá.
E lá estão eles: “Deveria ser assim; deveria ser assim; deveria ser assim”, e esta é a gravação que toca na sua cabeça, e é assim que você faz suas escolhas.
O que quer que aconteça. Muito disso não é nossa escolha, como gostaríamos de pensar. Não está sendo feito dessa maneira, é a gravação sendo reproduzida. Eu chamo isso de “ruído”. E você?
É ruído. “Isso tem que ser assim, isso tem que ser assim, aquilo tem que ser assim, isso tem que ser assim… Você tem que se sentar à direita, você tem que se sentar à esquerda, você tem que fazer isso e tem que fazer aquilo e você…” Ruído, ruído, ruído, ruído, ruído, ruído, e toda esta vida fica cheia de ruído.
E em meio a esse ruído, queremos sanidade?! Em meio a esse ruído, queremos clareza?! Em meio a esse ruído, queremos ser felizes?! Você realmente está pedindo muito! Você realmente está pedindo muito. Porque isso não vai acontecer.
A maneira como estruturamos nossa vida, a tornamos tão difícil, tão incrivelmente difícil, que o caminho para a paz realmente se tornou incrivelmente, incrivelmente difícil.
Quando o desejo de paz é simples, o caminho de volta para casa… Essa é a única maneira. Essa é a única maneira de experimentar paz em sua vida, é quando você voltar para casa. Casa aqui, em você. Essa é a única maneira que você experimentará a paz.
Você só vai sentir paz no dia em que entrar em contato com você! E esse processo de entrar em contato com você é incrivelmente difícil porque nos distanciamos muitíssimo de nós mesmos.
Agora, aqui está o problema. Aqui está o verdadeiro problema. Agora, não reconhecemos o lar. Agora, não reconhecemos nossa casa. E quando você não reconhece sua casa, você pode estar na frente dela e dizer: “O quê? Essa é a minha casa?”
Você já tem uma ideia preconcebida de como é a sua casa. Absolutamente. E quando seus conceitos não se encaixam, você diz: “Essa é minha casa? Essa não é a casa que eu quero.”
Mas “lar” não é sobre isso, lar é lar. Lar é aquele lugar para onde você volta – e fecha a porta. E você está em seu mundo. Lar é isso. Tudo, tudo é familiar.