Você tem um anseio, um desejo a ser satisfeito. E esse desejo não desaparecerá até você o sentir. Não importa quantas distrações você coloque à sua frente, você não será capaz de esquecer a sede interior que surge de novo e de novo e de novo e de novo. Quão forte é o desejo dessa gota para encontrar o oceano? Quão forte? Quão forte? Aquela pequena gota realmente virou vapor, flutuou, condensou-se, tornou-se uma nuvem, atravessou milhares e milhares e milhares de milhares de quilômetros. Caiu – e parte dela caiu em lugares onde congelou. Ah! – congelou. Agora está presa! Certo? Ou não. Não. Como uma geleira – você viu uma geleira? Você já ouviu falar de uma geleira? Ela se move como um rio, muito lentamente – mas se move. E todas as gotas que estão presas na geleira, mesmo congeladas, estão se movendo. E para onde elas vão? Para encontrar mais uma vez com essa fonte que é o oceano. Quando você começa a abordar esse desejo, a dinâmica daquela gota que quer se unir ao oceano e nada a impedirá, então você começa a entender do que se trata a paz – que você também faz parte daquilo que está em toda parte . E unir-se, querer, estar com ela, o desejo é tão predominante que, quando esse processo não acontece, é isso que cria o déficit, a falta de paz. É isso que cria a falta de paz. E quando esse processo acontece? Então a paz está aí. A paz não precisa ser fabricada; a paz não precisa ser criada; não precisa ser transportada; não precisa vir de nenhum outro lugar. Todo ser humano na face desta terra tem paz. Porque um dos presentes mais bonitos que a paz traz é alegria. E é uma alegria que preenche todas as partes de um ser humano. – Prem Rawat